Plano detalhado para a Economia Marítima de São Vicente inclui a construção de três grandes resorts hotéis – primeiro-ministro

O primeiro-ministro garantiu hoje que o “plano detalhado para a economia marítima de São Vicente” já está elaborado e que passa, inclusive, pela construção de três grandes hotéis de referências.

O documento, segundo prometeu o chefe do governo, será levado, brevemente, ao parlamento para a sua aprovação.

Durante o debate sobre o “Turismo e os seus impactos do desenvolvimento do país”, Ulisses Correia e Silva disse que a Zona Económica Especial Marítima vai ser o maior investimento a ser feito em São Vicente e que a lei será apresentada ao parlamento, no sentido de criar benefícios e incentivos, com vista à sua estruturação.

O chefe do Governo apresentou a Zona Económica Especial Marítima como intervenções e investimentos de criação de um ambiente favorável, sublinhando que São Vicente vai ter três grandes hotéis de referencias, dos quais dois de investidores cabo-verdianos.

Enumerou o “Melia Salamansa Resort”, um investimento avaliado em 58.7 milhões de euros de investimento, o “Gold Tulip”, orçado em 31 milhões de euros e “Marriots”, uma referência de marca dos Estados Unidos da América, no montante de 22 milhões de euros, como investimentos de fundos para fomentar o turismo.

Sublinhou que estes investimentos foram projetados, visando a sustentabilidade económica, social, ambiental e coesão territorial, para que o turismo seja um sector rentável em todas as ilhas, para que haja um impacto mais positivo do turismo na economia nacional, com reflexos na melhoria da economia de negócio.

Para além destas infra-estruturas, assegurou que a ilha do Porto Grande vai ter o seu terminar de cruzeiros, o Oceanário, o Campos do Mar, a requalificação da Baía, com o propósito da criação de novos empreendimento, assim como a asfaltagem Mindelo/Baía que, anunciou, estará pronta brevemente.

Estes anúncios de Correia e Silva foram contestados pelo Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, oposição), na voz do parlamentar Manuel Inocêncio Sousa, para quem o “primeiro-ministro desconversa sempre” quando indagado sobre o problema dos transportes na ilha de São Vicente, sem qualquer sinal de solução.

Disse que os promotores dos projetos anunciados pelo chefe do Governo, alguns dos quais já se fala desde 2016, estarão preocupados”, assim como os investidores em pequenos hotéis em São Vicente, por falta de ligação aérea para São Vicente.

O antigo ministro das infra-estruturas frisou que a solução encontrada para os TACV “foi uma má solução”, porquanto o “Estado assumiu todo o passivo”, mas o país ficou com uma companhia aérea que faz voo para o Sal, ligando algumas capitais da Europa e o Brasil, mas que carece de ligação da ilha do Sal para outras ilhas, inclusivamente São Vicente.

Para o deputado e presidente da União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID), António Monteiro, a resposta do chefe do Governo não satisfaz aos operadores, por entender ter sido muito vago, realçando que a bancada que dirige vai esperar por novos oportunidades para o governo explicitar melhor, porque estes cidadãos precisam, realmente, ter mais oportunidades de participar na riqueza do país.

Já o deputado Luís Carlos Silva, eleito pela lista do Movimento para a Democracia (MpD), afirmou que o Governo e a sua equipa estão empenhados em acelerar o processo do desenvolvimento de Cabo Verde, e apontou melhorias no turismo, que passa pelo aumento de três mil camas, mais três mil postos de trabalhos e aumento de superior a um milhão de dormidas dos turistas.

Fonte: InforPress

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