Chumbo da candidatura de Cabo Verde à presidência da CEDEAO: Presidente Jorge Carlos Fonseca repudia a forma como a questão foi tratada

O Presidente da República Jorge Carlos Fonseca contestou o chumbo da candidatura de Cabo Verde à presidência da Comissão da CEDEAO, durante a sessão de de hoje, 16, da cimeira de Chefes de Estados da organização, que decorre, em Abuja, Nigéria. Fonseca repudiou sobretudo a forma como a questão foi tratada, favorecendo a candidatura de Costa de Marfim em detrimento à da cidade da Praia por causa da quota em atraso

O desgravo do PR de Cabo Verde foi de tal ordem, a ponto de exigir que os protestos ficam registados na acta da reunião. «O Chefe de Estado Cabo-verdiano mostrou finalmente todo o seu repúdio pela forma como esta questão foi tratada e considerou inaceitável o não cumprimento de regras estabelecidas. Solicitou que tal posição fizesse parte da Acta final da Cimeira», diz em nota a Presidência da República de Cabo Verde.

Segundo a mesma fonte, antes da aprovação da ordem do dia dos trabalhos desta 52ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, os Chefes de Estado reuniram-se numa Sessão à porta fechada onde debateram durante cerca de três horas uma única questão: Presidência rotativa da Comissão da CEDEAO. Revela que, durante o debate, esteve em discussão a apresentação de quatro candidaturas pelos seguintes países: Cabo Verde, Cote d'Ivoire, Gambia e Benin.

«O Presidente da Republica de Cabo Verde – desde o início do debate e durante todas as suas intervenções (cerca de seis) – defendeu sempre a posição de Cabo Verde e esteve convicto de que esta seria a vez de Cabo Verde assumir o posto de Presidente da Comissão da CEDEAO. Apesar de todos os obstáculos encontrados pelo caminho, quer por países ’concorrentes’, quer por outros países que não apoiaram a causa de Cabo Verde, durante as suas intervenções, Jorge Carlos Fonseca defendeu o princípio da rotatividade por entender que a razão e o direito estão do lado de Cabo Verde uma vez que o critério principal para se aceder aos órgãos da CEDEAO é permitir que todos os Estados Membros tenham oportunidades iguais de estar à frente de uma organização que é de todos», sublinhou o documento, realçando que Jorge Carlos Fonseca defendeu ainda que numa organização todos são iguais – não há grandes nem pequenos e não há ricos nem pobres.

Fonte: A Semana

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