Câmara do Turismo de Cabo Verde saúda aprovação da lei que cria o “green card”

O presidente da Câmara do Turismo de Cabo Verde reagiu hoje positivamente à aprovação da lei que cria o “green card”, saudando o Governo por esta “facilidade importante” que poderá ter “efeitos extraordinários” no sector da imobiliária.

“Efeitos esses que podem ser sentidos nas ilhas que tradicionalmente têm-se dedicado a este ramo de actividade, a imobiliária turística, um sector importantíssimo tendo em conta que tem efeitos directos e indirectos, importantes sobre a economia, designadamente na geração do PIB, contribuição para o emprego, e no efeito de arrastamento que exerce sobre todo o tecido económico, de uma forma geral”, considerou.

Gualberto do Rosário fez esta manifestação, em conferência de imprensa, convocada para o efeito, reiterando que é “extraordinariamente importante” já que pela “primeira vez” tem-se, numa lei cabo-verdiana, políticas “explicitamente” viradas para o crescimento das regiões “periféricas”, em termos económicos, a que, entretanto, prefere chamar de “regiões deprimidas do ponto de vista económico.

“E isto resulta do facto de esta mesma lei criar uma solução de diferenciação positiva das regiões do país com um PIB per capita inferior a 50 por cento, ou seja, se a imobiliária turística até agora, cobria essencialmente as regiões polarizadas, Sal, Boa Vista, Praia e São Vicente… com esta lei vamos ter a vantagem de poderem estar a ser atendidas e cobertas todas as ilhas de Cabo Verde, de Santo Antão à Brava”, explicou.

“Esperamos, contudo, que o Governo não fique apenas por esta lei. Por um lado, saudamos, reconhecemos o valor da iniciativa, o papel que os deputados da Nação cumpriram, ao entenderem também os méritos deste diploma, e certamente o papel que o senhor Presidente da República irá cumprir ao compreender também estes mesmos méritos”, manifestou.

Gualberto do Rosário, finalizou, acautelando pela necessidade de se fazer o marketing do diploma agora aprovado, conhecer-se fora do país, para que o mercado possa reagir, já que a finalidade desta medida é exportar um produto, neste caso a imobiliária turística.

“Ela não se destina a promover a imobiliária de uma forma geral… com certeza que para isso o Governo tem políticas económicas e sociais para atender aquilo que são as demandas da comunidade cabo-verdiana. Visa tornar o país competitivo num domínio em que outros países fazem a mesma coisa. Não podemos apresentar queixas de uma solução que só traz benefícios para o país”, enfatizou.

A proposta de lei que cria um estatuto diferenciado para titulares de segunda residência em Cabo Verde foi aprovada, quarta-feira, com 40 votos favoráveis – 38 do MpD (maioria) e dois da UCID (oposição) –, e 22 votos contra do PAICV (maior partido da oposição).

Fonte: InforPress

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