Cabo Verde assina acordo para aumentar exportações para Estados Unidos

Cabo Verde e Estados Unidos assinaram, sexta-feira, na cidade da Praia, um acordo visando aumentar as exportações cabo-verdianas para este país, ao abrigo da Lei americana de Crescimento e Oportunidade para África (AGOA).

Esta lei americana prevê a entrada nos Estados Unidos de um conjunto de produtos sem taxas aduaneiras.

O acordo, rubricado pelo embaixador norte-americano no arquipélago, Donald Helfim, e pela presidente da Cabo Verde TradeInvest, Ana Lima Barber, prevê a disponibilização de um serviço de aconselhamento a empresas cabo-verdianas que lhes permita "aumentar a competitividade, o comércio regional e as exportações globais de valor acrescentado, particularmente para os Estados Unidos, ao abrigo da AGOA (Africa Growth and Opportunity Act).

Além de assistência técnica a empresas e associações de comércio e de negócios, o acordo prevê ainda que seja disponibilizada colaboração na promoção comercial, passando pela participação em feiras, conferências, ligações regionais e internacionais.

Na ocasião, a presidente da Cabo Verde Trade Invest, Ana Lima Barber, adiantou que Cabo Verde ainda "não aproveitou as vantagens" da AGOA, criada há mais de 15 anos pelos Estados Unidos para promover o crescimento e o desenvolvimento económico da África Subsariana, através da exportação de bens para o mercado norte-americano com isenção de direitos aduaneiros e sem quotas, numa pauta que inclui mais de seis mil produtos.

Segundo Ana Lima Barber, a assinatura do acordo é um primeiro passo nesse sentido, que deverá agora ser seguido da elaboração de um plano estratégico para identificar segmentos onde os produtos cabo-verdianos melhor se poderão inserir no mercado norte-americano.

Na sequência da assinatura deste acordo, o ministro cabo-verdiano da Economia e Emprego, José Gonçalves, vai participar no 15.º Fórum da AGOA, que acontece em Washington, entre 22 e 26 de setembro corrente.

Trata-se de uma iniciativa que reúne representantes africanos e norte-americanos do governo, da sociedade civil e do setor privado, para discutirem sobre as atuais relações e as possibilidades futuras de comércio e investimento.

Fonte: Panapress

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