Maio: Queijaria de Ribeira Don João almeja conquistar novos mercados este ano com o aumento da produção

Os trabalhadores da queijaria de Ribeira Don João, na ilha do Maio, dizem estar “esperançosos” de que este ano vão puder aumentar as produções e com isso conquistar novos mercados como Boa Vista, Sal e Santiago.

Depois de ter estado inativo durante algum tempo, há cerca de um ano a queijaria de Ribeira Don João retomou as suas atividades, coincidindo com o momento em que a produção de pasto na ilha do maio foi praticamente nula.

Em declarações à Inforpress, a representante dessa unidade produtiva, Rosalina Cardoso assegurou que não obstante esse constrangimento conseguiram ter uma produção “razoável”, embora muito custosa para as associadas, visto que tiveram que alimentar os seus animais a base de milho e ração comprados no mercado local.

“Agora temos pasto no campo e nestes últimos dias temos vindo a aumentar a produção de leite e de queijo também, embora não possamos afirmar ainda que teremos pasto suficiente para garantir todo o ano”, disse, acrescentando que perspetivam que daqui a dois ou três meses terão mais produção, “porque as cabras terão já dado à luz e por isso vão produzir mais leite”.

De acordo com Rosalina Cardoso, com o aumento da produção pretendem levar os seus produtos às outras ilhas como Boa Vista, Sal e mesmo a ilha de Santiago, porque o mercado maiense não consome toda a quantidade produzida, (…) além disso o objetivo dos membros da queijaria é conquistar novos mercados e dar a conhecer os seus produtos, que têm o selo de qualidade em conformidade com a regras da União Europeia.

“Neste momento estamos com uma média de produção a rondar os 25 queijos por dia, mas daqui a poucos meses estamos em crer que iremos duplicar ou triplicar a produção rondando os 100 queijos por dia, por isso temos que ter mercado onde colocar os nossos produtos, razão por que estamos à procura de parceiros nestas ilhas para pudermos enviar o nosso produto”, frisou.

A queijaria de Ribeira Don João conta neste momento com 16 membros todos residentes daquele povoado. Segundo a coordenadora Rosalina Cardoso, solicitam algum apoio por parte do Ministério de Agricultura e Ambiente, principalmente em momentos em que não há pasto no campo para que possam ter “margens de manobra”.

“No ano passado passamos por muitas dificuldades porque não tínhamos pasto para os nossos animais e tivemos que alimentar as nossas cabras a base de milho e ração. Mesmo assim,  agradecemos o Governo que no final do programa de mitigação da seca baixou o preço da ração. Infelizmente, esse programa já terminou, por isso gostaríamos que estivessem atentos face às incertezas da chuva e não deixar tudo para última hora”,enfatizou.
Fonte: Sapo CV

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