Antigos governantes cabo-verdianos entre 100 personalidades pan-africanistas

O antigo primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, que governou Cabo Verde durante 15 anos, e a ex-ministra das Finanças, Cristina Duarte, figuram na lista de cem personalidades que mais contribuíram para transformar o continente africano nos últimos anos, de acordo com a edição 2016 da revista Financial Afrika.

José Maria Pereira Neves, 56 anos, que chefiou o Governo cabo-verdiano de 2001 a março de 2016, é citado por esta revista especializada em finanças como sendo "o homem que mudou estruturalmente o país” e que “sob o seu comando colocou o país nas fileiras dos países de rendimentos médios.

No que se refere a Cristina Duarte, 53 anos de idade, outrora ministra das Finanças do Governo de José Maria Neves, é destacada pela forma como soube administrar a pasta que tutelava, ao ponto de pensar em “colocar a sua experiência em rede para o continente”.

A Financial Afrika refere que ela “teve uma candidatura bem-sucedida à presidência do Banco Africano de Desenvolvimento”, corrida na qual “perdeu por pouco numa rodada final memorável contra o atual presidente do BAD, o Nigeriano Akinwimi Adesina”.

Para a revista, a ex-governante aspira “mais do que nunca" a servir o continente.

Neste universo das cem personalidades figuram nomes como o economista bissau-guineense Carlos Lopes, secretário-geral executivo da Comissão Económica para a África (CEA), Akinwumi Adesina, atual presidente do BAD, Donald Kaberuka, antigo presidente do BAD, Kabine Komara, antigo primeiro-ministro da Guiné-Conacry.

Também constam deste leque o marroquino Mohamed Benchaâbourn, presidente e diretor-geral do Grupo Banco Popular, Charles Kié, diretor-geral da Ecobank Nigéria, Binta Ndoye Tpuré, antiga diretora-geral da Ecobank do Mali, o Mauritano Sidi Ould-Tah, diretor-geral do Banco Árabe para o desenvolvimento.

A revista faz questão de explicar que, para esta avaliação, não tiveram em conta o “ranking” da fortuna e muito menos a idade, mas que os critérios foram baseados no impacto das ideias, atividades, invenções ou redes de produção de imprensa no desenvolvimento de África.

“O desempenho aqui, como analisado pelo nosso parceiro West Cape Strategy Group, se resume à capacidade destes atores financeiros dos Estados africanos para vencer a inércia e organizar as condições necessárias ao desenvolvimento de agentes económicos”, lê-se nesta revista.

Esta avaliação “criteriosa” foi feita por uma vintena de especialistas e jornalistas do Financial Afrika, e estende-se a um “ranking” de dez melhores Ministérios das Finanças do continente.

Fonte: Panapress

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