Cabo Verde e multinacional alemã negociam financiamento para expansão de aeroporto

O Governo de Cabo Verde e a multinacional alemã Touristik Union International (TUI) iniciaram, segunda-feira, na cidade da Praia, negociações visando o estabelecimento de uma parceria público-privada, no valor de nove milhões de euros, para a expansão e inovação do Aeroporto Internacional Aristides Pereira, na ilha turística da Boa Vista, apurou a PANA de fonte segura.

As negociações entre uma delegação cabo-verdiana, chefiada pelo ministro da Economia e Emprego, José Gonçalves, e a do Grupo TUI, chefiada pelo seu diretor de Gestão, David Schelp, acontecem na sequência duma visita a Cabo Verde, em maio último, do chefe executivo do grupo alemão, Friedrich Joussen.

Em declarações à imprensa à saída do encontro, o governante cabo-verdiano explicou  que a multinacional alemã está interessada em desenvolver ações que possibilitem um maior fluxo de turistas para a ilha da Boa Vista, onde, apesar de se estar a projetar um crescimento rápido do setor, ainda não exitem condições para a realização de voos noturnos, nem dimensão da pista para receber aviões de maior porte.

“A parceria público-privada foi proposta pelo chefe executivo da TUI que, conhecendo a situação de alto endividamento do país, mostrou abertura, desde a primeira hora, para explorar esta vertente de parceria”, explicou José Gonçalves, indicando que, neste momento, há uma equipa de seis pessoas a trabalhar com Cabo Verde em várias áreas, no sentido de estudar todos os pormenores desta iniciativa.

O governante revelou que empresas cabo-verdianas de Aeroportos e Segurança Aérea (ASA) já têm os estudos feitos sobre a expansão e inovação do Aeroporto Internacional Aristides Pereira e que servirá de base para a elaboração do acordo de parceria público-privada a ser assinado em 2017.

“Serão necessários nove milhões de euros como o número nuclear mínimo necessário”, precisou o ministro, sublinhanddo que o montante será usado para a extensão e iluminação da pista, bem como a construção de uma estrada.

Adiantou que há também a necessidade de redimensionar a capacidade do abastecimento dos combustíveis às aeronaves e a melhoria do sistema de embarque e desembarque do fluxo de turistas.

Conforme José Gonçalves, em última instância, o grande interesse do grupo não é só o custo de infraestruturas, mas a solução no transporte e mobilidade de turistas que, segundo estimativas, duplicará em três anos.

O representante da TUI, David Schelp, disse que o interesse do grupo, que atua na área do turismo, é que essa infraestrutura aeroportuária possa corresponder e acompanhar o ritmo do crescimento de fluxo de turistas que se pretende.

“Neste momento, em Cabo Verde, já temos 200 mil clientes que anualmente experimentam as belezas de Cabo Verde e estamos empenhados em discutir e aprofundar mais com o Governo do arquipélago cabo-verdiano, um conjunto de elementos que possam fazer crescer esse número e fazer com que os nossos clientes desfrutem de mais e melhores experiências no país”, precisou.

É nneste sentido que, segundo ele, se está a negociar com o Governo do arquipélago com  vista a fazer crescer as atividades do Grupo TUI em Cabo Verde, onde já dispões de unidades hoteleiras nas ilhas do Sal e da Boa Vista.

A seu ver, o objetivo é expandir as atividades também para outras ilhas, nomeadamente São Vicente, que, a 2 de novembro corrente, recebeu o primeiro voo proveniente de Amsterdão, a capital dos Países Baixos, promovido pelo Grupo.

Fonte: Panapress

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