Cabo Verde projeta cluster para desenvolver energias renováveis na África Ocidental

O primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, anunciou, quinta-feira, na cidade da Praia, que o país pretende implementar um cluster para desenvolver as energias renováveis na África Ocidental, através da produção, instalação, gestão e  manutenção de equipamentos e sua comercialização na sub-região.
O chefe do Executivo cabo-verdiano procedia à abertura da primeira Feira Internacional do Ambiente e Energias Renováveis (FIAER), que decorre até sábado, 13, na Cidade da Praia, sob o lema "Energia Limpa & Vida Sustentável & Business for África".
Ele revelou que a concretização dessa aposta passa pela formação de especialistas ao “mais alto nível” e aptos em diferentes domínios das energias renováveis para toda a sub-região.
Lembrando que o país sedia o Centro Regional de Energias Renováveis e Eficiência Energética (ECREE), José Maria Neves anunciou que Cabo Verde pretende formar, nos próximos tempos, 100 especialistas de alto nível que possam atuar não só no arquipélago, mas também na sub-região oeste-africana.
O chefe do Governo cabo-verdiano considera que a aposta nas energias renováveis  vai ser um “grande ganho” para os países da África Ocidental, tendo em conta que se trata de um setor promissor para o desenvolvimento dos países e de importantes oportunidades de negócios para o empresários privados nacionais, regionais e internacionais.
"Que daqui saiam alicerces e pilares essenciais para a construção de um futuro melhor para todos nós", concluiu o primeiro-ministro de Cabo Verde, país que neste momento tem uma penetração de energias renováveis na ordem dos 30 porcento, mas pretende ter 100 porcento de energias limpas na rede até 2030.
No evento, promovido pela Câmara de Comércio, Indústria e Serviços de Sotavento (CCISS) e realizado no Centro de Energias Renováveis e Manutenção Industrial (CERMI), participam 25 empresas e instituições cabo-verdianas e as restantes de países como Holanda, São Tomé e Príncipe, Gâmbia, Guiné-Bissau, Senegal, Mauritânia, Nigéria e Côte d’Ivoire.
Ao longo do certame estão previstas várias atividades, como palestras, workshops, visitas a vários locais de interesse na ilha de Santiago e contactos entre os expositores.

Fonte: Panapress

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