Governo remodelado: Fim do executivo pequeno com a entrada de mais oito elementos e manutenção dos atuais membros

Conforme anunciou o PM, a promoção esperada aconteceu com o actual ministro das Finanças, Olavo Correia, que passa a desempenhar também as funções de vice-primeiro-ministro, coordenando a área economia e social. Correia vai ser coadjovado por três secretários de Estado: Modernização e Administração, Edna Oliveira, actual vereadora dos Assuntos Jurídicos e Recursos Humanos da Câmara Municipal da Praia; o secretário de Estado para Inovação e Formação Profissional, Pedro Lopes, responsável pelo projecto TEDX, e secretário de Estado das Finanças, Gilberto Barros, quadro sénior do Banco Mundial.

O mesmo aconteceu com o Fernando Elísio Freire, ministro da Presidência do Conselho de Ministros, que agora é também ministro de Estado, para a coordenação política e da comunicação do Governo. Vai ter como secretário de Estado Carlos do Canto Monteiro, actual director do Gabinete do Primeiro-Ministro, que o vai coadjuvar na área da coordenação política do Governo.

O Ministério da Economia e Emprego foi desdobrado em duas estruturas: Ministério dos Transportes, Turismo e Ministério da Economia Marítima, que vai ficar localizado na ilha de São Vicente. Isto por se considerar que está nesta ilha tudo relacionado com a administração da economia do mar, designadamente a Direção Geral da Economia Marítima, o Instituto Nacional de Desenvolvimento da Pesca e Agência Marítima Portuária – AMP, bem como o projecto da criação da Zona Económica Exclusiva para a economia marítima nesta ilha. O acutal ministro José Gonçalves vai tutelar estas Pastas. Terá como secretário de Estado, que o apoiará no domínio da economia marítima, o deputado nacional Paulo Veiga.

Foi criado o Ministério da Indústria e do Comércio e da Energia, a ser chefiado por Alexandre Monteiro, o acutal presidente do Conselho da Administração da Electra.

Já o Ministério da Educação, que continua com a actual titular Maritza Rasabal apesar das críticas e da polémica sobre os erros dos Manuais, vai ser reforçado com um Secretário de Estado: Amadeu Cruz, actual presidente do Instituto de Ciência Economia e Empresarial -ISCEE e ex-presidente da Câmara do Porto Novo.

Foi também criado o cargo de Ministro Adjunto do Primeiro-ministro, que vai ocupar da Integração Regional. Ficará sob a responsabilidade de Júlio César Herbert Duarte Lopes, actual conselheiro público e diplomático do primeiro-ministro.

“A criação deste cargo tem a ver com a necessidade que há vários meses temos vindo a reflectir de termos uma presença mais forte da diplomacia política e económica e da defesa das condições para termos um estatuto especial na CEDEAO.Por isso, a área que tem a ver com a integração regional passará para a chefia do Governo”, justificou Ulisses Correia e Silva.

Fim do governo pequeno e Ministério no MindeloSegundo o Primeiro-ministro, os outros ministérios ficaram com o mesmo titular.Com isso, o governo enxuto de 12 membros passou para 20 elementos - entrou apenas uma mulher. “Esta remodelação já vem sendo preparada há algum tempo e o Governo continua pequeno quanto baste e nós acrescentamos apenas dois ministros e temos mais secretários de Estado e esses serão todos secretários adjuntos e não como secretários da Secretaria do Estado. Queremos reforçar a coordenação económica e política e melhorar a eficácia e eficiência governativa”, fundamentou o PM, para quem este é o momento para se reforçar a dinâmica do Governo.

Com esta remodelação, o Governo inicial enxuto de 12 membros passou para 20 elementos. Ou seja, entraram mais oito membros, sendo um dos quais mulher. A tomada de posse dos novos membros está prevista para 27 deste mês.

Segundo critica o líder da UCID, esta remodelação deitou por terra a promessa do MpD de governar com um executivo reduzido e com menos gastos públicos.

O chefe do Governo fez, hoje, este anúncio de remodelação governamental à imprensa à saída do encontro que teve com o Presidente da República Jorge Carlos Fonseca.

Fonte: A Semana

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