Queijo de Santo Antão premiado em Itália

Único produto cabo-verdiano com a marca Slow Food como património mundial do gosto, atribuída em 2007, o queijo produzido em Santo Antão é resultado de um processamento natural do leite.

A cooperativa dos criadores da montanha, Santo Antão, foi um dos cinco produtores reconhecidos pela Slow Food e pelas autoridades de Piemonte com o prémio Slow Cheese Award, um galardão atribuído de dois em dois anos, desde 2011.

A cooperativa reúne os últimos vinte produtores do queijo do planalto norte de Santo Antão e esteve representada no festival do queijo que decorreu este mês em Bra, Itália, pelo presidente Irineu da Luz.

A distinção é concedida aos artesãos e pastores que rejeitam atalhos e continuam a produzir os seus produtos respeitando a sua naturalidade, tradições e sabores. Além de Cabo Verde, foram homenageados queijeiros dos Estados Unidos da América, da Geórgia e de Itália.

O presidente da cooperativa dos criadores da montanha, Irineu da Luz, disse que estar num festival que reúne mais de 300 exibidores de 23 países diferentes foi “uma experiência muito importante”.

“Nunca imaginei sequer que o nosso produto pudesse um dia estar representado num dos maiores eventos do mundo”, sublinhou ainda o responsável.

Além de ser um alimento que respeita o lema da Slow Food: bom, limpo e justo, o queijo do Planalto Norte foi premiado também pelo que representa em termos de sustentabilidade ambiental e demográfica.

Único produto cabo-verdiano com a marca Slow Food como património mundial do gosto, atribuída em 2007, o queijo produzido em Santo Antão é resultado de um processamento natural do leite, sem a adição de água, sem o uso do fogo, sem ser resfriado ou refrigerado. A produção acontece em Bolona, onde vive um rebanho de sete mil cabras que garante renda e trabalho a mais de 60 famílias.

Fonte: A Nação

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