Santo Antão: Projecto Raízes concluí caracterização dos caminhos vicinais que vão formar rotas turísticas na ilha

Os caminhos vicinais em Santo Antão, que constituem um importante atractivo turístico para a prática de trekking, foram já identificados e caracterizados no quadro do projecto Raízes (Redes locais para o turismo sustentável e inclusivo em Santo Antão).

Santo Antão tem uma extensa rede de caminhos vicinais, construída na era colonial, que, além de assegurar a circulação de pessoas e mercadorias ainda em várias localidades rurais, é muito utilizada pelos turistas para caminhadas à procura do contacto com a natureza (trekking).

Esses itinerários, identificados e caracterizados no quadro do projecto Raízes, co-financiado pela União Europeia, em 660 mil euros (72 mil contos), vão ser, de seguida, inseridos num sistema de informação geográfica e integrados nas rotas turísticas em Santo Antão, que estão a ser definidas e sinalizadas.

Os caminhos vicinais em Santo Antão, utilizados, sobretudo, entre os meses de Outubro e Maio, período em que decorre a chamada época alta do turismo em Santo Antão, necessitam, entretanto, de manutenção permanente, segundo os operadores turísticos.

Santo Antão quer assumir-se, nos próximos anos, como um dos principais destinos turísticos em Cabo Verde e prepara já, também no âmbito do projecto Raízes, em implementação desde Setembro de 2017, o seu plano de acção visando potenciar o turismo sustentável, que se quer para esta ilha.

O plano de acção para turismo sustentável em Santo Antão tem como uma das principais metas a diversificação e qualificação, até 2020, da oferta turística na ilha de Santo Antão, com base na valorização do património natural.

Segundo a direcção do projecto, foram já realizados alguns encontros com os operadores turísticos e associações locais que actuam, directa ou indirectamente, no sector do turismo, em que foram dados “os primeiros passos” com vista à definição do plano de acção para um turismo sustentável nesta ilha.

A valorização do património natural e a promoção das potencialidades turísticas de Santo Antão, bem assim a formação dos agentes turísticos, a criação de um guia turístico da ilha, a valorização e certificação dos produtos locais (grogue e outros) são algumas das acções que deverão constar desse plano.

O projecto Raízes propõe, além disso, a criação de uma organização de gestão do destino turístico e de atractivos turísticos, bem como centros de interpretação e sinalização de rotas.

Santo Antão, que segundo o Governo, está ainda assim “na linha da frente” em matéria do turismo sustentável em Cabo Verde, recebeu em 2017 cerca de 26 mil turistas à procura de um turismo de natureza.

É expectativa dos operadores de que, este ano de 2018, esse numero aumente, a avaliar pela constante presença de turistas em Santo Antão, durante a época alta, que termina agora em Maio.

Fonte: InforPress

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