Enseada de corais da Laginha: Populares descontentes pensam em manifestação perante indiferença das autoridades

A indiferença da Câmara Municipal de São Vicente e da ENAPOR, em relação a proteção do património marítimo, particularmente a enseada de corais da Laginha, é apontado como o motivo para uma eventual manifestação.

Um grupo de populares, formado por biólogos marinhos, investigadores e mergulhadores, pretendem realizar uma manifestação nas ruas de Mindelo. A indiferença da Câmara Municipal de São Vicente e da ENAPOR, em relação a proteção do património marítimo, particularmente a enseada de corais da Laginha, é apontado como o motivo para uma eventual manifestação.

Para o líder do grupo, Guilherme Mascarenhas, está-se perante um caso de desprezo à população, ao ambiente, ao conhecimento científico, à universidade, ao património e à legislação do país.

Neste sentido ele aponta uma série de factos que tendem a agravar a com o aproximar das chuvas e a consciência do que está em risco. Assim sendo, o grupo não vê outra medida que não fazer algo mais para tentar salvar esse património.

“Como é possível que a C.M.S.V e a ENAPOR tenham implementado o desvio das águas pluviais para a Enseada d’Coral (“Os quatro canhões de lama”)  sem o devido estudo de impacto ambiental, exigido pela lei?”, questiona-se Mascarenhas.

A seu ver, a opinião de três dos mais experientes especialistas em biologia marinha do país, todos biólogos investigadores, mergulhadores e docentes da FECM da UniCV, foi completamente ignorada e desprezada.

À opinião dos especialistas em biologia marinha, Guilherme Mascarenhas junta uma série de outros factos que as autoridades competentes seguiram ignorando. Um desses factos apontados é a promessa da ENAPOR de estender a tubagem da saída das águas pluviais para além do esporão, que “parece ter caída no esquecimento e as autoridades locais e do país ainda nada fizeram para ajudar na proteção deste património insubstituível de Mindelo e de Cabo Verde”.

Fonte: A Nação

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