Santo Antão: Turistas “invadem” a ilha no primeiro mês da época alta do turismo

Os estudos sobre o turismo rural em Santo Antão, realizados nos últimos tempos, mostram que a procura turística está, efectivamente, a crescer nesta ilha, “apesar dos constrangimentos”.

Grupos de turistas provenientes sobretudo do Norte da Europa têm chegado, com muita frequência a Santo Antão neste primeiro mês da época alta do turismo nesta ilha, que oferece o trekking como principal produto turístico.

Turistas têm chegado, praticamente todos os dias, a Santo Antão, para caminhadas em trilhas em busca da natureza, facto que fazem os operadores acreditarem numa “excelente época” para turismo nesta ilha, que, em 2017, recebeu mais de 26 mil turistas, registando um crescimento de 23,8 por cento (%) em relação a 2016.

A época alta do turismo em Santo Antão acontece entre os meses de Outubro e Maio, período em que esta região recebe “milhares de turistas”, sobretudo dos países do Norte da Europa.

Entretanto, a Associação do Turismo de Santo Antão (ATSA) pretende trabalhar com os operadores turísticos desta ilha para que a actividade turística local seja dinamizada ao logo do ano, e não apenas durante a chamada época alta.

Para que o turismo em Santo Antão seja dinamizada ao longo do ano, e não somente durante oito meses, esta associação, criada em Maio deste ano, pretende trabalhar em rede com os operadores nas vertentes internacional e nacional.

Segundo a ATSA, a ideia é, durante a época alta, apostar no mercado Europeu, o principal mercado emissor para Santo Antão, mas também explorar o mercado da costa ocidental africana, na época baixa.

Os restantes os meses (Junho a Setembro), o turismo nesta ilha regista um “forte queda”, situação que os operadores esperam contornar com a conquista de novos mercados, abarcando sobretudo países como Senegal, Mauritânia, Gana e Costa de Marfim.

“A ideia é trabalhar em rede com os operadores na vertente internacional durante a época alta e na vertente nacional ao longo da época baixa”, notou Nuno Oliveira, vice-presidente dessa associação, que acredita que África é um “mercado potencial” para Santo Antão e Cabo Verde, no geral.

Enquanto isso, o projecto Rota das Aldeias Rurais, que visa o incremento do turismo no meio rural, com a diversificação da oferta, decorre “na normalidade”, estando já desbloqueadas 60% das verbas para a execução das acções.

O Governo, financiador do projecto em 56 mil contos, acredita que os investimentos que estão a ser realizados nas áreas de restauração, alojamento e transformação agrícolas, entre outras, beneficiando 36 operadores, vão “alavancar o turismo rural e de natureza” em Santo Antão.

Os estudos sobre o turismo rural em Santo Antão, realizados nos últimos tempos, mostram que a procura turística está, efectivamente, a crescer nesta ilha, “apesar dos constrangimentos”.

A questão da acessibilidade à ilha, mais precisamente a problemática dos transportes aéreos e marítimos, que limita a chegada e permanência de turistas nesta região, constitui um dos principais problemas que se colocam ao turismo em Santo Antão.

Fonte: A Nação

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